São Paulo, quarta-feira, 6 de julho de 1994
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Operários compram carro de som; Lula depõe

DA FOLHA ABCD

Os metalúrgicos do ABCD completaram os R$ 19 mil que faltavam para a compra de um carro de som para a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A informação foi divulgada ontem pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Heiguiberto Della Bella Navarro.
Na sexta-feira, Lula depôs no inquérito sobre o uso de um carro de som do Sindicato dos Metalúrgicos em sua campanha.
Navarro disse que a categoria pretende apresentar o carro de som todo equipado hoje ou quinta-feira. Ele custou R$ 45 mil e o dinheiro foi coletado nas fábricas.
Os metalúrgicos decidiram comprar o carro de som depois que a Justiça Eleitoral proibiu Lula de usar veículos de sindicatos.
O carro de som comprado pelos metalúrgicos foi fabricado pela Ford, no Ipiranga, em São Paulo.
Lula recebeu sábado passado outro caminhão, com dinheiro coletado pelo Sindicato dos Químicos e Petroquímicos da Bahia.
Inquérito
A Delegacia Seccional de São Bernardo, que investiga o uso de carro de som do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD pelo PT, está esperando o resultado de uma perícia em fitas de vídeo para prosseguir o inquérito.
Depois de tomar os depoimentos de Lula e Vicente Paulo da Silva, presidente da CUT, a delegacia encaminhou à perícia técnica fitas de emissoras de TV, contendo imagens de Lula no carro de som do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD nos dias 23 e 24 de maio.
A colaboração dos sindicatos em campanhas é proibida pela lei eleitoral. Na sexta-feira, Lula e Vicentinho prestaram depoimento na Delegacia de São Bernardo.
Vicentinho disse ter sido decidido em assembléia de metalúrgicos que todos os candidatos seriam convidados para falar.
O delegado disse que Lula teria afirmado que aceitou o convite do sindicato para poder "bater um papo" com os trabalhadores.

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