São Paulo, quarta-feira, 6 de julho de 1994 |
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"Zinho tem de melhorar"
FERNANDO RODRIGUES; JOÃO MÁXIMO; MÁRIO MAGALHÃES
O técnico Parreira disse ontem que o meia Zinho "tem que dar uma melhorada técnica." "Já o vi jogar muito melhor. O problema não é o 'peso' da Copa do Mundo. Quem jogou no Flamengo, joga no Palmeiras e tem experiência na seleção brasileira está acostumado." Na segunda-feira, Parreira afirmara que a seleção brasileira tinha sido perfeita na vitória de 1 a 0 contra os Estados Unidos, especialmente no primeiro tempo. Ontem, criticou jogadores. "Algumas peças não renderam o que eu esperava." Não quis dizer quais. Apesar do comentário sobre Zinho, o técnico afirmou que deve mantê-lo na equipe sábado, contra a Holanda, pela terceira fase (quartas-de-final) da Copa. Na sua opinião, a partida contra a Holanda não será revanche da derrota de 20 anos atrás –2 a 0 para os holandeses na Copa de 74. "É diferente porque naquela época os holandeses eram muito melhores do que nós. Agora, não." Ele espera que a Holanda jogue mais abertamente, com menos preocupações defensivas, do que os dois últimos adversários brasileiros, EUA e Suécia. Não concorda com a declaração do coordenador Mário Lobo Zagalo, segundo o qual a Holanda são "favas contadas" e é certa final entre Brasil e Alemanha. "Só chegamos às quartas-de-final. Nosso objetivo é chegar à final", disse Parreira. Para ele, as seleções mais bem organizadas taticamente no Mundial são a brasileira e a alemã. Ele voltou a dizer que o desempenho da equipe contra os Estados Unidos foi bom. "Nosso goleiro nunca foi ameaçado. O que se tem de entender é que não há galinha morta em Copa. As equipes estão niveladas." Questionado sobre suposta influência de empresários na escalação da seleção brasileira, respondeu: "Não tenho nada a dizer sobre isso. Nunca comprei ou vendi passe de jogador. Nunca influenciei nada". "Assegurei minha independência financeira trabalhando 15 anos no Oriente Médio. Portanto, tenho independência para realizar meu trabalho." (FR, JM e MM) Texto Anterior: Raí fica desanimado no banco Próximo Texto: Parreira enxerga o óbvio, mas resiste a ele Índice |
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