São Paulo, quarta-feira, 6 de julho de 1994
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Branco deve ser a única mudança no time

DOS ENVIADOS ESPECIAIS

O lateral Branco deve ser o substituto de Leonardo na seleção brasileira para o jogo de sábado contra a Holanda, em Dallas, Texas.
O técnico Carlos Alberto Parreira disse ontem que, "em princípio", será a única alteração na seleção. Portanto, Mazinho e Zinho serão mantidos.
Parreira admite que Cafu –que ele mandou entrar contra os Estados Unidos para dar mais velocidade ao setor esquerdo, já que estava "melhor condicionado" que Branco– continua sendo uma opção. Pode entrar durante o jogo.
O preparador físico Moraci Sant'Anna considera "uma incógnita" o condicionamento de Branco. Não sabe se o lateral teria fôlego para jogar 120 minutos, caso de uma prorrogação.
"Nenhum jogador é preparado para correr 120 minutos. Noventa, sim. Os 30 adicionais são jogados com uma reserva de energia que todos têm. Mas como Branco quase não joga (sua última atuação foi a 12 de junho, no segundo tempo contra El Salvador), não sabemos como está."
Moraci achou acertada a decisão de Parreira ao substituir Zinho por Cafu e não por Branco, no segundo tempo contra os Estados Unidos: "Estávamos com dez, era preciso colocar ali um jogador em condições físicas excepcionais. Ou seja, Cafu."
Branco se diz em perfeitas condições: "Estava acertado que eu entraria no segundo tempo contra os Estados Unidos, passando Leonardo para o meio campo. Aí aconteceu aquele acidente (a expulsão de Leonardo). Lamento muito que eu volte ao time assim."
As palavras de Branco, ditas após o treino de ontem, eram de quem já se considerava escalado, embora Parreira não tivesse anunciado oficialmente o time: "Perdi o lugar por causa de uma contusão, mas tenho trabalhado tanto nesse tempo que acabei recuperando meu ritmo de jogo."
Sobre a possibilidade de Parreira fazer Cafu entrar na lateral, de início ou em seu lugar, Branco foi lacônico: "Isso é com ele".
Achou natural que Cafu tivesse substituído Zinho para jogar pela esquerda, na sua posição, dando assim mais liberdade para Mazinho atacar: "O treinador preferiu Cafu, e é ele quem manda".
Como a Holanda é uma seleção que "joga e deixa jogar", segundo Branco, o lateral espera uma partida mais técnica no sábado. Vê, inclusive, caminhos mais livres para os laterais brasileiros do que tem acontecido até aqui.
"Não quer dizer que os holandeses não vão se defender. Contra o Brasil, todos se fecham. Mas já vi jogos da Holanda e acho que faremos sábado nossa melhor atuação."

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