São Paulo, quinta-feira, 7 de julho de 1994
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Planos de saúde limitam aumento real a 17%

DA REPORTAGEM LOCAL

Os associados dos planos de saúde da Golden Cross não terão aumento real (acima da inflação) superior a 17% em suas mensalidades, na passagem para o real.
A empresa comprometeu-se com o governo a cumprir o acordo feito na câmara setorial, que limita em 17% o aumento real das mensalidades dos planos de saúde.
Foi o que declarou ontem José Milton Dallari, assessor especial de preços do Ministério da Fazenda, em seminário do Sistema de TV Educativa da Embratel.
Segundo o assessor de imprensa da Golden Cross, Claudio Monteiro, a empresa já cumpriu o acordo na mensalidade deste mês.
Dallari afirmou ainda que praticamente todas as administradoras de planos de saúde e empresas de medicina de grupo de São Paulo fecharam acordo com o governo, comprometendo-se a respeitar o percentual máximo de 17%.
Segundo o secretário, o único caso ainda não resolvido é o da Unimed –uma cooperativa de serviços médicos–, que continua insistindo em praticar reajustes mais elevados.
Outra situação pendente é a das empresas de Brasília, onde os médicos querem um aumento maior de honorários, disse Dallari.
O percentual de 17% corresponde ao repasse, para as mensalidades, dos aumentos de custos das empresas com o pagamento de hospitais, laboratórios, médicos e medicamentos.
Elas afirmam que estes setores praticaram aumentos reais que superaram 50%, em alguns casos, na conversão de seus preços para URV (Unidade Real de Valor).
Com isso, as mensalidades dos planos de saúde haviam também aumentado, em média, 30% reais no mês passado, quando a maior parte delas converteu seus contratos para URV.
Anteontem, a Interclínicas já havia anunciado a redução do valor das mensalidades dos associados de seus planos, para respeitar o acordo feito na câmara setorial.
Os carnês enviados este mês já estão com valor menor e a diferença paga a mais será descontada da mensalidade de agosto.

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