São Paulo, quinta-feira, 7 de julho de 1994
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Goethe deixou marcas na 'secreta' Frankfurt

Maior nome da literatura alemã nasceu na cidade

SILVIO CIOFFI
DO ENVIADO ESPECIAL À ALEMANHA

A primeira escala para os aviões que partem do Brasil rumo à Alemanha é Frankfurt, metrópole moderna que neste ano completa 1200 anos e tem o Brasil como tema de sua tradicional feira de livros.
Considerada a capital comercial da Alemanha, esta cidade às margens do rio Meno tem 35 grandes feiras anuais, 200 bibliotecas, 470 bancos, 22 mil quartos de hotel, 35 museus, 15 teatros e publica cerca de 500 jornais e revistas.
No Rõmer, bairro histórico no coração da cidade, algumas das 816 mil pedras do calçamento rolaram em 1990, num embate entre policiais e manifestantes contra a reunificação do país.
Por mais de mil anos os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico eram sagrados em Frankfurt e seus 52 retratos –de Carlos Magno a Francisco 2º– podem ser vistos no Palácio Imperial, que também fica no Rõmer.
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), o maior nome da literatura alemã, nasceu na cidade e sua casa merece uma visita (rua Grosser Hirschgraber, 23).
A "capital secreta", como Goethe chamava Frankfurt, também foi berço do financista judeu-alemão Mayer Anselm Rothschild, em 1743. Seus filhos (os cinco frankfurters) saíram da cidade para fundar instituições bancárias em Londres, Nápoles, Viena e Paris.
Bastante destruída durante a Segunda Guerra, Frankfurt foi reedificada entre 1946 e 1964. Torres modernas, como a projetada pelo arquiteto Helmut Jahn, se alternam a construções históricas que foram restauradas com perfeição.
Dependendo do horário, os bondes custam entre 1,80 e 2,20 DM (respectivamente R$ 1,10 e R$ 1,38) e são uma maneira simpática de conhecer a cidade.
Para uma refeição típica há o Steinernes Haus (na Branbachstrasse, 35), que serve grelhados na pedra com o molho verde de sete ervas, especialidade que Goethe considerava obra-prima.
Ou isso ou um legítimo "frankfurter", o cachorro-quente que a capital secreta exportou para todo o mundo.(Silvio Cioffi)

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