São Paulo, domingo, 10 de julho de 1994
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Boas relações incentivam empenho e dedicação

CLÁUDIA RIBEIRO MESQUITA
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando trabalhava no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), em 1984, o consultor Dalmo Almeida, 46, se viu com uma ingrata tarefa nas mãos: convocar sua equipe por 90 dias para um trabalho durante a madrugada.
Gerente de projetos de pesquisa e desenvolvimento do IPT, Almeida creditou o empenho e a dedicação da equipe nesse projeto à amizade que existia entre os profissionais.
"Sem isso, fica difícil ir além das obrigações", avalia. Segundo ele, como o contrato dos pesquisadores não incluía jornada noturna, eles tinham o pleno direito de recusar.
O mesmo grau de amizade Almeida sentiu na consultoria Price Waterhouse, onde foi, por três anos, diretor da área de estratégia de gestão, e em outras empresas nas quais trabalhou, como a Simonsen Associados.
"Sempre procurei ir além das relações cordiais", conta. Segundo ele, mesmo que fique muito tempo sem encontrar essas pessoas, os vínculos de amizade podem ser automaticamente resgatados.
"Costumo dizer que fiz grandes colegas no Citibank e grandes amigos no Crefisul", afirma a diretora-executiva de recursos humanos do Crefisul, Carmem Lúcia Arruda Rittner, 49.
Segundo ela, o banco no qual trabalha atualmente é conhecido pela solidariedade que existe entre os funcionários –ao contrário do que ocorre em outras organizações do setor financeiro, onde o estilo de gestão é mais competitivo.
O tamanho da empresa –60 empregados–, um modelo de administração democrático e a união dos funcionários foram os fatores primordiais para o desenvolvimento da amizade no Crefisul, segundo a diretora.
"Parece que há uma grande identidade de valores e crenças entre as pessoas aqui", avalia Carmem Lúcia, que acredita que boas relações funcionais podem resultar em amizades verdadeiras e produtivas para a empresa.(CRM)

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