São Paulo, domingo, 10 de julho de 1994 |
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Nas quartas, "joões" encaram gigantes
ROGERIO SCHLEGEL
As alturas corretas dos meias Caminero, da Espanha, e Haessler, da Alemanha, são 1,87m e 1,65m respectivamente. Nas quartas, 'joões' encaram gigantes Como na fábula do pé de feijão, baixinhos enfrentam grandalhões dos times classificados para chegar à taça de ouro Nas quartas-de-final, os baixinhos entram em campo para provar que são adversários à altura dos grandalhões das seleções que se classificaram. São os "joões", que, como na fábula do pé de feijão, têm de enfrentar o gigante para tentar conseguir o pote de ouro –no caso, uma réplica do pote, pois a Copa do Mundo que o campeão vai levantar é uma cópia, já que a original está bem guardada pela Fifa. Os "joões" têm menos de 1,70 m e encaram muralhas com 10, 20 e até 25 cm a mais de altura, que aparecem pela frente com maior frequência nesta fase, na qual há sete seleções européias. No time sueco, por exemplo, metade dos convocados tem 1,85 m ou mais. Dois superam 1,90 m. E um deles poderia regar o pé de feijão: o atacante Kennet Andersson, que tem 1,93 m e é o mais alto desta fase. A defesa da Alemanha que entra em campo hoje contra a Bulgária tem o goleiro Illgner (1,87 m), os zagueiros Kohler (1,86 m) e Helmer (1,85 m) e os laterais Strunz (1,83 m) e Berthold (1,86 m). Destoa no time alemão o baixinho Haessler. Com 1,65 m, ele parece o mascote da turma nos treinamentos. No jogo de hoje, ele vai disputar bolas com Iankov (1,86 m) e Houbtchev (1,84 m). Seu consolo é também pegar pela frente o lateral Kiriakov, a quem enfrenta de igual para igual. O jogador tem o mesmo 1,68 m. A tarefa do "joão" da Alemanha não chega a ser das mais difíceis, pois atua no meio-campo, onde há mais espaço para jogar. Pior é o papel que sobrou para o brasileiro Romário. O atacante, de 1,68 m, tem jogado enfiado no meio das defesas adversárias. E, apesar de mal poder avistar o pé de feijão, Romário tem chegado lá: seus gols foram decisivos para levar o Brasil aonde chegou. A Holanda, nossa adversária de ontem, tem sete jogadores com 1,85 m ou mais. O zagueiro Valckx, um dos empenhados em bloquear a ação de Romário, é 17 cm mais alto que o brasileiro. O confronto de hoje entre Espanha e Itália não pode ser considerado exatamente um duelo de gigantes –tanto no futebol, quanto na altura dos jogadores. Mas os dois times têm seus destaques verticais. A "Azzurra" vai de Dino Baggio, que mede 1,85 m, Maldini, com a mesma altura, e Berti, de 1,86 m. A Espanha se defende com os zagueiros Caminero e Nadal, ambos com 1,87 m. Quem passar por eles, encontra o goleiro Zubizarreta, dono da mesma altura. Texto Anterior: Time confia no novo modelo Próximo Texto: Brasil mostrou que tem vontade de vencer Índice |
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