São Paulo, domingo, 10 de julho de 1994 |
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TEMPESTADE DE FOGO
HELIO GUROVITZ
Cada bola de gelo, com diâmetro de até a metade da altura do monte Everest, vai entrar na atmosfera do planeta a 60 km por segundo e explodir. Cada explosão pode superar em 10 mil vezes os maiores testes nucleares já feitos pelo homem. Júpiter, qual o deus grego, deve senti-las como simples alfinetadas em sua figura olímpica. Sua atmosfera pode reagir, vibrando e devolvendo ao espaço um cogumelo atômico, mas o planeta seguirá indiferente pelo céu. O espetáculo começa na noite do dia 16, a poucas horas da final da Copa do Mundo. Mas os }gols cósmicos não poderão ser vistos daqui. Um a um, serão marcados do lado de Júpiter que estará invisível à Terra. Mesmo assim, terráqueos lançarão mão de seus engenhos em solo e no espaço para tentar enxergar os efeitos desse bombardeio cósmico e desvendar os segredos dos cometas e seus ataques contra planetas. Estarão decerto temerosos de que, como no tempo dos dinossauros, um astro celeste em sua rota implacável venha um dia encerrar a era da humanidade sobre a bola azul. (continua) Texto Anterior: Entenda a polêmica Próximo Texto: TEMPESTADE DE FOGO Índice |
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