São Paulo, domingo, 10 de julho de 1994
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Era Kennedy pode acabar

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A morte de Jacqueline Kennedy Onassis foi interpretada por muitos como o fim de }Camelot, nome que simbolizou o carisma político da família Kennedy a partir da eleição de John para a Presidência em 1960.
Mas o que representaria melhor do que nada o encerramento do mito dos Kennedy seria uma derrota de Edward, o atual patriarca, na eleição para o Senado pelo Estado de Massachusetts neste ano.
Edward Kennedy, 62, tem sido reeleito sem problemas para este cargo desde 1962. Nas duas útimas votações, ele recebeu a preferência de 65% dos eleitores em 1988 e 61% em 1982.
Mas, segundo pesquisa publicada em maio pelo jornal }Boston Globe, 52% dos entrevistados disseram que chegou a hora de Kennedy deixar o posto.
O mais provável adversário de Kennedy é Mitt Romney, um milionário de 47 anos, filho do ex-governador de Michigan e ex-aspirante à Presidência pelo Partido Republicano, George Romney.
Romney venceu a convenção estadual do Partido Republicano em maio com 68% dos votos dos delegados. Mas seu oponente, John Lakian, teve um ponto percentual acima do necessário (15%) para ir a uma primária em setembro.
Mas ainda é cedo para se descartar o poder do fascínio que o nome Kennedy exerce sobre os norte-americanos.
Em apenas três meses de campanha, Edward já arrecadou US$ 5 milhões, muito mais do que qualquer outro candidato terá à disposição este ano.
Outros três Kennedy concorrem em novembro: Joseph, 41, filho de Robert Kennedy, tenta ser reeleito pela quarta vez deputado federal por Massachusetts (teve 83% dos votos em 1992 e 72% em 1990).
Sua irmã, Kathleen, 42, é candidata a vice-governadora de Maryland. Seu primo, Patrick, filho de Edward, 26, é candidato a deputado federal por Rhode Island, depois de seis anos como deputado estadual. (CELS)

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