São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 1994
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A ECONOMIA DO G-7

ANDRÉ LAHOZ

EUA
Com um nível elevado de investimentos, o país cresceu 3% em 93. A expectativa é de crescimento maior em 94 (4%, segundo a Organização para Crescimento e Desenvolvimento Econômico). A inflação continua sob controle. A taxa de desemprego está caindo (6% em maio contra 6,9% no mesmo mês do ano anterior). O déficit público, apontado como o maior desequilíbrio da economia norte-americana, também diminuiu.

Japão
O ano passado mostrou o pior desempenho da economia desde o início dos anos 70. O PIB cresceu 0,1%, mas já havia indícios de melhora para este ano. O desemprego caiu 0,1% em abril em comparação a maio, estando em 2,8% da população ativa (muito inferior aos níveis ocidentais). A taxa é 24% superior à de abril de 93. A inflação continua baixa (0,8% ao ano em abril).

França
O crescimento do PIB em 94 deve ser de 2%, superando o de 93 (1%). Não são esperadas pressões inflacionárias (o dado de maio mostrou uma taxa de 1,7% ao ano). A taxa de desemprego, que está crescendo (12,7% em maio de 94 contra 11,5% no mesmo mês de 93), deve se estabilizar até dezembro. Com isso, o desemprego continuará sendo o maior problema.

Reino Unido
Primeiro país europeu a sair da recessão, seu PIB cresceu 1,9% no ano passado, após queda de 0,6% no ano anterior. Esse índice deve ser maior este ano. A taxa de desemprego está caindo: no mês de abril, foi de 9,5%, contra 10,3% um ano antes. A inflação está sob controle: 2,6% ao ano.

Alemanha
O país, que está ainda enfrentando os problemas de sua unificação, começa a sair da recessão. A OCDE prevê crescimento de 1,8% em 94 e 2,6% em 95. As exportações também estão crescendo, e os dados de desemprego começam a apresentar melhoras (a taxa está em 8,4%). A OCDE julga que as perspectivas são boas quanto à inflação (2,9% ao ano), o que permitiria queda nas taxas de juros.

Itália
A OCDE prevê crescimento de 1,5% em 94 e 2,6% em 95 (o PIB diminuiu 0,7% no ano passado). A taxa de inflação está em torno de 4% ao ano, e o desemprego era de 11,5% em abril. O dado mais positivo da economia é o da balança comercial, que mostrou no ano passado superávit de US$ 17 bilhões (a balança comercial era deficitária em 93).

Canadá
O crescimento econômico dos EUA está gerando resultados positivos para o país. O PIB cresceu 2,4% no ano passado e a OCDE espera crescimento de 3,7% este ano. Essa espectativa, entretanto, poderá ser frustrada por um aumento das taxas de juros. A taxa de desemprego (10,7% da população ativa) está caindo. A inflação está controlada: os preços baixaram 0,5% no primeiro trimestre do ano. (ALz)

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