São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 1994
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Itália terá novo ataque contra Bulgária

SÍLVIO LANCELLOTTI
ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK

Na tradição, a seleção da Itália é a favorita absoluta do jogo de hoje contra o elenco da Bulgária pela fase semifinal da Copa dos EUA.
O cotejo acontece no Giants Stadium de Nova York, capacidade para 75.338 pessoas, predominantemente torcedoras da "Azzurra", na proporção de 20 por um.
Melhor, pela primeira vez no Mundial, a Itália vai atuar num horário mais confortável, às 16h locais (17h, horário de Brasília), longe do calor do meio-dia.
O seu mister, Arrigo Sacchi faz questão, todavia, de enfatizar o seu máximo respeito pelo time do rival Dimitar Penev: "Ninguém entra de graça no grupo dos quatro melhores da Copa. Enfrentaremos mais um adversário dificílimo".
Sacchi diz que a sua equipe precisará, "mais do que nunca", de muita pressão no meio-campo e de muita velocidade no ataque. "Não imagino uma maneira diferente de superarmos a Bulgária", diz.
Mudanças
A seleção da Bota vai utilizar a sua sexta escalação diferente em seis embates pelo Mundial. O anúncio de Arrigo Sacchi não surpreendeu a imprensa italiana.
"O Sacchi é louco", diziam os jornalistas da Bota, que, aliás, sequer compareceram à entrevista do mister no auditório do colégio.
Justificativa de Alberto Cerrutti, de "La Gazzetta dello Sport": "Para que, se o Sacchi sempre diz as mesmas coisas?" A mídia preferiu rodear os jogadores, principalmente os que Sacchi tirou do time, os atacantes Massaro e Signori. "Por uma questão de necessidade física", o mister se explicou, "retorna Gigi Casiraghi ao lado de Roberto Baggio".
Até aqui, curiosamente, Casiraghi só disputou meio tempo contra a Noruega. Aliás, andava na reserva na sua Lázio. "Além de estar descansado, Casiraghi é o nosso melhor cabeceador", arrematou.
Signori, de todo modo, deve entrar na etapa final –uma alternativa de jogo pelos flancos, se a "Azzurra" precisar de espaços mais abertos na defesa búlgara.
No meio-campo, Sacchi resolveu usar a solução mais óbvia de três volantes vigorosos (Albertini, Dino Baggio e Berti) e um armador mais criativo, Donadoni.
Na retaguarda, volta Mussi no posto do fraco Tassotti, suspenso por oito jogos por ter dado cotovelada no espanhol Luis Enrique –decisão inédita da Fifa, que usou o teipe do jogo para punir o jogador.

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