São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994 |
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Real causa problema a tucano
EMANUEL NERI
Quando o candidato atravessava a rua em frente ao Hotel São Rafael, no centro da cidade, onde se hospedou, um estudante que passava pelo local de carro o reconheceu e parou para protestar. "Devolva o dinheiro da educação que tu roubastes", disse Júlio George Justo, 20, estudante de computação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. "Contra este plano eleitoreiro", gritou, em seguida o estudante. Na porta do centro de convenções do hotel, onde fez uma palestra para associados da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil), FHC presenciou a distribuição de um panfleto. O texto era assinado por Dario Giordano, que se diz capitão-de-fragata da Marinha. Giordano não estava no local. "Chega a Porto Alegre o pai do mais cruel e diabólico plano econômico até hoje implantado neste país", dizia o texto. O panfleto também é assinado por Francisco Cabeda Neto, que se diz tenente-coronel do Exército. FHC disse que o documento era "apócrifo". No local da palestra de FHC, também foi distribuído um jornal assinado por um grupo que se intitula Movimento de Solidariedade Ibero-Americana. O jornal faz ataques a Lula e diz que o candidato petista representa a "nova Intentona Comunista no Brasil" (movimento comunista que tentou chegar ao poder pelas armas em 1935) O jornal também ataca FHC e o arcebispo de São paulo, dom Paulo Evaristo Arns. Diz ainda a publicação que a "estrutura, ideologia e o 'modus operandi' do Movimento dos Sem-Terra são semelhantes à comandada pelo grupo peruano Sendero Luminoso" (grupo de esquerda que comanda a luta armada no Peru. Texto Anterior: Tucanos fazem críticas à indecisão de Britto Próximo Texto: 'Brizola é craque; Amin é Bebeto' Índice |
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