São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994 |
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'Brizola é craque; Amin é Bebeto'
EMANUEL NERI
Segundo FHC, Brizola teve um "comportamento exemplar" em 1989, quando, após ficar fora do segundo turno, apoiou Lula contra Collor. Disse não acreditar que Brizola recomende o vote em branco, como prometera, se ficar novamente fora do segundo turno este ano. "O voto em branco é um voto covarde. E o Brizola não é covarde", disse. Além de Brizola, FHC também tentou agradar Esperidião Amin (PPR), outro presidenciável que tem votos no Rio Grande do Sul. "Amin não chega a ser um Romário. Mas é um Bebeto", afirmou. Na palestra para empresários gaúchos, FHC prometeu transformar o Rio Grande do Sul no centro brasileiro do Mercosul. Se eleito, disse que abrirá linhas de crédito para a readaptação ao Mercosul da agricultura e da indústria do Estado. Assessores de FHC informaram que, pela proximidade com os demais países do Cone Sul, a economia do Rio Grande do Sul foi a que mais sofreu com a concorrência do Mercosul. Por isso há a necessidade, segundo os tucanos, de abertura de linhas de crédito para o que eles chamam de "reconversão" da economia local. No debate com os empresários, FHC fez uma advertência. Disse que há um certo "orgulho nacional" pelo fato de o real estar mais valorizado que o dólar. "É algo transitório", afirmou sobre essa valorização. Ele elogiou a decisão do governo de criar obstáculos para o capital estrangeiro especulativo. FHC voltou a dizer aos empresários que o IPMF –criado durante sua gestão no Ministério da fazenda – tem seus dias contados. (EN) Texto Anterior: Real causa problema a tucano Próximo Texto: Mantida ação contra colaborador da Folha Índice |
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