São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994
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Para 73%, real não reduz poder de compra

DA REPORTAGEM LOCAL

Três de cada quatro brasileiros acham que seu poder de compra, com a nova moeda, ou fica como está (44%) ou aumenta (29%).
Esse dado, apurado pela Datafolha em pesquisa feita entre os dias 11 a 13 deste mês, contrasta com um relativo pessimismo encontrado no levantamento anterior, logo no início do mês (dia 5).
Na introdução do real, os que esperavam queda no poder de compra eram a maioria relativa (43%). Agora, só 20% têm essa percepção.
Todos os demais dados da atual pesquisa indicam crescimento do otimismo em relação ao real. Agora, são 67% os que consideram o plano bom para o país, contra 62% do levantamento anterior.
Para a vida pessoal de cada um, o plano passou a ser positivo na opinião de 41% (36% na pesquisa do dia 5 de julho). Os que sentem prejudicados pelo real são, agora, apenas 15%, contra 18% na pesquisa anterior.
Esse otimismo contrasta, de alguma forma, com a expectativa de inflação para o mês de julho. Há uma enorme dispersão de opiniões, desde os 15% que esperam um máximo de 5% até os 13% (empate técnico) que apostam em mais de 40%.
A dispersão é tamanha que a maioria relativa (23%) acaba sendo a dos que admitem não saber qual será o índice de julho.
Uma provável explicação para essa confusão sobre os índices é o fato de haver uma forte maioria (71%) que se confessa ou mal informada (20%) ou apenas mais ou menos informada (51%) sobre o plano econômico.
O otimismo é, naturalmente, maior entre os eleitores de Fernando Henrique Cardoso, idealizador do plano. Deles, 83% acham o real bom para o país. Mas, mesmo entre os eleitores de Lula, principal oponente de FHC, a maioria (63%) também considera o plano positivo para o Brasil.
(Clóvis Rossi).

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