São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994 |
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Itamar decide aumento na 2ª
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Itamar Franco vai decidir, na próxima segunda-feira, de quanto será o aumento dos servidores civis e militares do Executivo.O presidente está determinado a não aceitar o argumento da área econômica do governo segundo o qual não há dinheiro para conceder o reajuste do funcionalismo. O ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, quer que o reajuste seja concedido de forma "gradual e escalonada, para compensar perdas ao longo do tempo". Parcelas A intenção é dar o aumento em, no mínimo, duas parcelas. A primeira delas seria em agosto. A segunda ficaria para setembro. A equipe econômica está reunindo dados para mostrar ao presidente Itamar Franco a situação das contas públicas e justificar sua posição de parcelar o aumento. Se depender do ministro-chefe da SAF (Secretaria de Administração Federal), Romildo Canhim, o aumento começa a vigorar no dia 1º de agosto. Ronildo Canhim defende a tese de que o pagamento não deve ser parcelado. Diferenças A proposta da Secretaria de Administração prevê que todos os servidores civis recebam um aumento de 28,86%. Os militares esperam que o reajuste seja entre 35% e 40%. O presidente Itamar não tem simpatia por reajustes diferenciados entre os militares e o funcionalismo civil. Ele também não quer ser acusado de ter desencadeado uma onda de pressões por reposições salariais nas empresas estatais. O presidente Itamar teme ainda que o setor privado seja pressionado por causa do aumento a ser concedido ao funcionalismo público. ReuniãoItamar quer que seja decisiva a reunião, na segunda-feira, com os ministros militares e os da área econômica. O aumento de salário dos funcionários públicos federais está sendo negociado há cerca de dois meses. Itamar tem defendido a necessidade de recompor o salário do funcionalismo. A área econômica vem adiando a decisão. Sempre sob a alegação de que faltam recursos. Segundo estimativas extra-oficiais, somente a correção salarial dos servidores civis vai custar aos cofres federais aproximadamente US$ 277,6 milhões, por mês. Texto Anterior: Fazenda teme que reajuste afete o plano Próximo Texto: Dinheiro em circulação e nos bancos chega perto do limite de US$ 7,5 bi Índice |
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