São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Dinheiro em circulação e nos bancos chega perto do limite de US$ 7,5 bi

FIDEO MIYA
DA REPORTAGEM LOCAL

A base monetária, composta pelo dinheiro vivo em poder da população mais as reservas bancárias –incluindo o compulsório sobre depósitos à vista– pode ter alcançado US$ 8 bilhões (R$ 7,36 bilhões), encostando no limite de R$ 7,5 bilhões fixado pela MP do real até 30 de setembro próximo.
Os depósitos à vista aumentaram 80% em média, nos doze primeiros dias de julho, de acordo com um levantamento preliminar realizado ontem na Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), com base em uma amostra formada por grandes bancos de varejo, entre os quais se incluem Bradesco, Itaú, Caixa Federal, Meridional e Nacional.
A informação foi obtida pela Folha junto a um diretor de banco que participou da reunião da Comissão de Captação da Febraban, segundo o qual a CEF registrou um acréscimo de 100% nos depósitos em contas corrente.
A projeção desses dados para toda a rede bancária indica uma expansão de US$ 3,2 bilhões, que corresponde a 80% do saldo existente em 30 de junho último, estimado em US$ 4 bilhões.
Os dados do Departamento do Meio Circulante (Mecir) do Banco Central, por sua vez, indicam que o dinheiro vivo em poder da população (meio circulante) subiu de US$ 2,2 bilhões para US$ 3,5 bilhões, com um crescimento de US$ 1,3 bilhão.
Isto porque 65% do meio circulante –que estava em cruzeiros reais e era equivalente a US$ 2,2 bilhões em 30 de junho– foram trocados por reais.
Continuam circulando, portanto, US$ 770 milhões na forma de cruzeiros reais, os quais, somados aos US$ 2,747 bilhões em reais que foram injetados na economia até agora, totalizam US$ 3,5 bilhões de dinheiro vivo nas mãos da população.
A base monetária era de US$ 3,5 bilhões em junho. Sobre essa base, houve um crescimento de US$ 3,2 bilhões, que correspondem ao compulsório de 100% sobre os depósitos à vista adicionais a partir de 4 de julho.
Com a expansão de US$ 1,3 bilhão no meio circulante, chega-se aos US$ 8 bilhões, os quais, convertidos pela taxa de câmbio comercial fornecida pelo Banco Central para o último dia 13 (R$ 0,92), correspondem a R$ 7,36 bilhões.

Texto Anterior: Itamar decide aumento na 2ª
Próximo Texto: Banco Central recompra títulos e reduz a dívida interna em R$ 5 bi
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.