São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Banco Central baixa medida para câmbio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central baixou mais uma medida na área de câmbio voltada ao controle da emissão de moeda nacional.
A diretoria do banco aprovou circular aumentando em cinco vezes o volume máximo de moeda estrangeira que os bancos podem adquirir livre de depósito compulsório no BC.
O novo limite é de US$ 50 milhões. Até enté então, o teto era US$ 10 milhões. Adquirir mais não era proibido, mas qualquer valor acima disso era compulsoriamente aplicado no Banco Central.
O objetivo é incentivar os bancos a aumentar suas reservas em moeda estrangeira, o que reduziria a necessidade do BC de adquirir o excesso de moeda estrageira ingressada no país através dos bancos. Isso obrigaria o BC a emitir moeda nacional.
A emissão ocorre porque, para comprar a moeda estrageira, o BC coloca reais na economia. Justamente para não emitir reais, o BC tem evitado comprar moeda estrageira, principal motivo pelo qual o dólar caiu até 9% abaixo do real.
Com o aumento voluntário das reservas cambiais dos bancos, ficaria mais fácil para o BC se manter fora do mercado de câmbio como comprador, sem derrubar tanto a cotação do dólar.
A preocupação em não derrubar demais a cotação do dólar decorre, por sua vez, da preocupação em não dificultar as exportações.
Na semana passada, o BC já tinha adotado algumas medidas na área de câmbio também com objetivo de controlar a emissão.
Diferente da que foi adotada ontem, as outras medidas pretendem reduzir o ritmo de entrada de moeda estrangeira no país.
Em 92, esse limite já havia subido de US$ 1 milhão para US$ 10 milhões.

Texto Anterior: Dívida com Previdência terá débito automático
Próximo Texto: Metalúrgicos propõem nova política industrial
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.