São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994
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Central de saúde ajuda a procurar doador

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Conseguir um transplante cardíaco em São Paulo ficou mais fácil a partir da criação da Central de Transplante de Órgãos da Secretaria de Estado da Saúde em 1991.
Segundo Elias David Neto, do grupo de transplante renal do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), a central passou a coordenar todo o processo de localização, captação e distribuição dos órgãos.
Os hospitais da rede pública e privada são obrigados, por lei, a notificar a central sobre possíveis doadores (pessoas que estão com morte cerebral).
Os doadores são, em geral, vítimas de acidente de trânsito ou de "derrame" cerebral.
A central tem enfermeiras de plantão permanente que vão aos hospitais, avaliam as condições do possível doador e tentam conseguir o aval da família.
Quando a doação é viável, a central avisa o hospital responsável pela captação naquele dia (existe um rodízio entre os centros que fazem a captação).
Uma ambulância vai buscar o doador, confirma o diagnóstico de morte cerebral, faz exames de sangue e a retirada dos órgãos.
Se o hospital captador não tem receptores imediatos, a central se comunica com outros hospitais habilitados para realizar transplantes.
Enquanto isso o doente fica em casa à espera de um chamado. Só os casos mais graves precisam esperar em um hospital.
O Instituto Dante Pazzanese, dá um bip para os candidatos. Assim que a central informa que existe um doador, o paciente é avisado e deve vir rapidamente ao hospital.
Existem duas modalidades de transplante cardíaco. Na primeira, o doador é trazido para o hospital onde a cirurgia será realizada e o transplante é feito lado-a-lado.
No caso do coração do doador ser retirado em outro hospital, ele deve ser transportado em um recipiente com soro fisiológico resfriado a quatro graus centígrados.
Para um transplante cardíaco, o receptor deve ter o mesmo tipo sanguíneo e, aproximadamente, o mesmo peso do doador.
(JB)

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