São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994 |
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Notas do mundo das franquias
MARCELO CHERTO & MARCUS RIZZO Como esta coluna já havia previsto dois ou três anos atrás, uma nova onda nos EUA são as franquias especializadas em produtos e serviços para crianças. Um exemplo são as "academias de ginástica" para a garotada de quatro meses a dez anos de idade. Uma das redes mais conhecidas é a Little Gym, uma sacada do mesmo pessoal que fundou a Sylvan Learning Centers (rede de franquias de educação e treinamento para executivos que parece estar prestes a se instalar no Brasil).No Colorado, surgiu a Baby's Away, cujas franquias alugam "equipamentos para bebês" para famílias em viagem de férias. Que equipamentos? Cadeirões, cadeiras de balanço, caixas cheias de brinquedinhos e o escambau. A sacada, para os gringos que viajam de carro e cheios de bagagem, é não precisar carregar mais essa bagulhada toda. As franquias Baby's Away entregam os itens alugados em qualquer lugar que o cliente quiser. A maior parte dessas franquias está situada em localidades turísticas, principalmente estações de esqui como Vail, Aspen, Lake Tahoe e outras. Mudando de assunto: a Burger King fechou um acordo com a empresa britânica Compass, pelo qual esta ficou autorizada a implantar lanchonetes Burger King dentro de fábricas, hospitais, escolas e universidades. Aos poucos vão morrendo aquelas velhas "cantinas" que servem bolinhos duvidosos e sanduíches X-Tudo. Mais uma notícia da Inglaterra: o franchising está sendo visto como uma das ferramentas mais úteis na privatização das empresas públicas inglesas. Segundo um especialista com quem estivemos trocando idéias, até mesmo os setores de esquerda (que tendem a ser tão contra as privatizações como aqui) reconhecem que o franchising permite que se privatize parte das atividades do Estado, sem "dar de graça" o patrimônio das Estatais envolvidas. Na verdade, como diz Luís Namura, presidente da Future Kids do Brasil, o franchising reúne o que há de melhor no capitalismo e no socialismo. Mudando o rumo outra vez: na França, o BUT, franqueadora de lojas de móveis, perdeu a ação proposta por um franqueado e foi obrigada a pagar uma indenização de mais de US$ 3 milhões. O motivo? A franqueadora não planejou direito sua operação e superestimou o faturamento que o franqueado conseguiria atingir. Ele não conseguiu, entrou com o processo e ganhou. Se a moda pega... As Turmas de 5 e 6 da Franchising University foram batizadas, respectivamente, de Turma Peter Rodenbeck e Turma Coca-Cola. Os alunos de ambas estarão visitando, no início de agosto, uma série de franqueadores norte-americanos de sucesso, como Mcdonald's, Arby's, Coca-Cola e Holiday Inn. MARCELO CHERTO e MARCUS RIZZO são diretores da Cherto & Rizzo Franchising e do Instituto Franchising, professores da FGV e da Franchising University, conferencistas e autores de "Como Comprar Sua Franquia". Texto Anterior: Real altera o planejamento de empresas Próximo Texto: Valorizando a papelaria da empresa Índice |
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