São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994 |
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Frio aumenta as vendas de aquecedores e lavadoras
FÁTIMA FERNANDES; FILOMENA SAYÃO
A procura por produtos da chamada linha branca –lavadoras e secadoras de roupas e geladeiras está aumentando. "A dona-de-casa decidiu não colocar a mão na água neste inverno", diz Sérgio Giorgetti, diretor-geral do Ponto Frio. Michel Klein, diretor da Casas Bahia, confirma. A Casas Bahia deve fechar o mês com a venda de 5.000 lavadoras. No mês passado, comercializou 4.050 unidades. Girsz Aronson, proprietário da G. Aronson, informa que vendeu 5.000 aquecedores desde o início de julho até agora nas suas 26 lojas. "É uma explosão. Se tivesse 10 mil unidades, teria vendido todas", afirma. Restaram alguns modelos importados da Itália da marca De Longhi, vendidos por R$ 188. Mas ele avisa: já estão no fim. "O brasileiro só compra quando sente o frio na carne", diz Aronson. A Casa Centro afirma que as vendas cresceram 15% desde o início de julho em comparação com todo o inverno de 93. A rede de eletrodomésticos tem os modelos Arno Aqa, Enxuta Ar Quente e De Longhi. No setor de bebidas e alimentos, Jorge da Conceição Lopes, diretor do supermercado Santa Luzia, conta que vendeu 7.500 garrafas de bebidas na primeira quinzena deste mês, 20% mais do que em igual período do ano passado. Também comercializou neste período 27 mil quilos de queijos, 600 quilos de carnes salgadas e 2.800 pacotes de sopa. "É 20% mais do que vendemos em igual período do ano passado e 10% mais sobre igual período de junho", conta Lopes. Nas Lojas Marisa, os produtos mais procurados são as confecções importadas do Uruguai e dos Estados Unidos. "Os blazers de lã quase acabaram nas lojas", diz Carlos Porto, gerente de marketing. Na seção de roupas femininas da Mesbla, os blazers de lã sumiram das araras. O pedido, informa a empresa, foi dobrado em relação ao ano anterior. As roupas masculinas já tiveram 70% do estoque vendido desde maio. Quem apostou em moletom neste inverno, acertou. Foi o caso da Lojas Americanas, com 89 lojas. Osmair Luminatti, 40, superintendente de compras, diz que a programação é vender 20% acima do que foi vendido em 93 As vitórias do Brasil sobre Holanda e Suécia prorrogaram o "boom" de vendas de televisores e videocassetes do comércio. Em dois dias -entre quinta e sexta-feira-, a previsão do Ponto Frio era a de comercializar 5.000 aparelhos. Klein, das Casas Bahia, conta que deve comercializar 40 mil TVs em julho, o mesmo volume do mês passado. (Fatima Fernandes e Filomena Sayão) Texto Anterior: Valorizando a papelaria da empresa Próximo Texto: Compra pelo crediário cresce 5,9% Índice |
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