São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994
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Líbero quis chutar pênalti

SÍLVIO LANCELLOTTI
DO ENVIADO ESPECIAL A PASADENA

Apesar dos despistes de Arrigo Sacchi, os jornalistas mais chegados a Franco Baresi não tinham nenhuma dúvida: na decisão da Copa, o líbero do Milan voltaria a envergar a braçadeira de capitão da "Squadra Azzurra".
Apesar da sua cirurgia de joelho e dos seus 34 anos, o craque do Milan tinha retornado aos treinamentos com a vontade e a desenvoltura de um menino.
Diante do Brasil, Baresi encerrou a sua carreira na seleção com uma peleja fulgurante. Não se distraiu de Romário ou de Bebeto em nenhum instante do combate. Cobriu espetacularmente os seus laterais e as antecipações do seu parceiro Paolo Maldini. Melhor, em dois lampejos empolgantes, aos 8min e aos 35min, comandou as mais incisivas das contra-ofensivas da "Azzurra". Na segunda, aliás, tabelou até a área do Brasil.
Terminada a prorrogação, Arrigo Sacchi não necessitou escalar os seus cinco cobradores de penalidades máximas. Natural e espontaneamente, Baresi anunciou que seria o primeiro batedor. Chutou por cima. "Acontece com quem se arrisca. Estou triste, mas não me arrependo."
(SL)

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