São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994
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Jogador se sacrifica no jogo

SÍLVIO LANCELLOTTI
DO ENVIADO A PASADENA

Eram 7h30 da manhã, no Marriot Inn de Torrance, vizinhanças de Los Angeles, quando Arrigo Sacchi e o médico Andrea Ferretti chamaram Baggio a uma reunião: "Quero jogar. Aliás, eu vou jogar". Sacchi e Ferretti confiaram no orgulho do jogador.
Baggio, de fato, honrou a camisa de número 10 da sua "Squadra Azzurra". Mesmo manquitolando levemente, uma coxeira a proteger a contusão da sua perna direita, realizou uma peleja extraordinária, na proporção do seu sacrifício. Foi maravilhoso o seu tiro aos 8min da prorrogação, que Taffarel salvou com incrível elasticidade.
"Eu senti o gol no instante do chute", observaria Baggio depois do jogo. "E eu senti também uma dor horrorosa no músculo machucado. Não poderia, porém, abandonar os meus companheiros."
Sobre os pênaltis, Baggio se manteve na mesma rota: "Era a minha responsabilidade bater um dos cinco. Não fugiria dela, como não fugi do jogo".
(SL)

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