São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994 |
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FHC compara êxito da seleção ao do real
EMANUEL NERI
Quase tudo na campanha de FHC gira agora em torno da conquista do futebol. Em seu primeiro dia de campanha de rua após o tetra, usou camisa quadriculada nas cores da bandeira nacional. O locutor do carro de som que o acompanhava simulou por várias vezes a transmissão de um jogo da seleção, em que FHC jogava ao lado de Bebeto e Romário. Na simulação do locutor, o presidenciável da coligação PSDB-PFL-PTB era o autor do gol que dava a vitória à seleção. Depois, o locutor fazia um paralelo entre o "gol" de FHC e o real. FHC visitou ontem as cidades de Resende e Barra Mansa, região sul do Rio de Janeiro. Estava acompanhado de Marcello Alencar, candidato do PSDB ao governo local, que também era citado no jogo simulado. FHC voltou a dizer que a vitória da seleção de futebol traz otimismo e auto-estima para os brasileiros. "Nós teremos um Brasil mais otimista, mais firme, mais trabalhador", disse. "A vitória da seleção beneficia o Brasil. Minha candidatura é parte do Brasil", declarou. "A vitória é boa para todos nós. Não é só para a minha candidatura. É boa para o país". O candidato comparou a seleção ao Plano Real em um rápido discurso que fez no centro de Resende. Segundo ele, o Brasil "tem que fazer como a seleção, que calculou, trabalhou e deu certo". "É como fizemos na economia. O governo fez um plano (econômico) equilibrado. O Brasil entendeu e vai dar certo", disse FHC sobre o plano de sua autoria. Na sua viagem pelo sul fluminense, FHC demonstrou euforia com sua subida nas últimas pesquisas eleitorais. No discurso de Barra Mansa, referiu-se a si mesmo como "o presidente Fernando Henrique". Foi quando prometeu atender ao pedido da população de Barra Mansa, para tirar o pátio de manobra da Rede Ferroviária do centro da cidade. "O presidente Fernando Henrique vai cumprir a palavra e tirar o pátio", disse FHC. Texto Anterior: Prêmio aos caronas Próximo Texto: Filha de Sarney decide apoiar tucano Índice |
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