São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994
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Equipe israelense ainda busca sobreviventes

MARCO CHIIARETTI
DO ENVIADO ESPECIAL

Um grupo de cerca de 70 especialistas da polícia e das Forças Armadas israelenses chegou a Buenos Aires na madrugada de ontem para ajudar no resgate de eventuais sobreviventes da explosão que destruiu as sedes da Amia e da Daia na segunda-feira.
Os israelenses desembarcaram no aeroporto de Ezeiza, o principal da capital argentina, em um avião da Força Aérea de seu país, no final da noite de terça.
Uma operação especial permitiu que os militares, seus equipamentos e cachorros treinados para encontrar sobreviventes entre escombros chegassem rapidamente ao local do atentado.
O líder da equipe, um oficial de aproximadamente 50 anos, disse à noite que não se escutavam vozes de sobreviventes, mas que o grupo não iria parar de trabalhar até os escombros do edifício serem totalmente removidos.
Como o prédio tinha dois andares subterrâneos (além dos sete acima do nível do solo), é possível que os eventuais sobreviventes ainda estejam longe da ajuda.
Para evitar novos desmoronamentos, quase todo o trabalho de remoção dos escombros é feito manualmente.
Os israelenses, que atuaram no resgate às vítimas do terremoto na Armênia, há alguns anos, trabalharam ontem junto com cerca de 50 bombeiros e um grupo de 40 voluntários argentinos. Eles não falam espanhol.
Segundo o líder do grupo, Usi Ben Guri, entre os escombros do edifício poderia haver bolsões de ar, que permitiriam a sobrevida de algumas pessoas.
Os israelenses trouxeram aparelhos capazes de detectar sons debaixo de vários metros de pedra. Até ontem à tarde, eles haviam encontrado quatro corpos.
No atentado a bomba que destruiu a embaixada israelense em Buenos Aires, em março de 1992, os grupos de resgate internacionais demoraram quase 48 horas para chegar à capital argentina.
(MC)

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