São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 1994
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Time não sabia da dispensa, diz Gilmar

SILVIA NORONHA
DA SUCURSAL DO RIO E DA AGÊNCIA FOLHA

O goleiro reserva Gilmar disse ontem que, ainda nos Estados Unidos, os jogadores sabiam que as compras que ultrapassassem o limite permitido poderiam pagar imposto no Brasil.
Ele contou que se dispôs a passar pela alfândega, desde que fosse feita uma inspeção rápida para não atrasar mais o desfile pelas ruas do Rio, no começo da madrugada de terça.
"Não precisava da ordem expressa (do secretário demissionário da Receita Federal Osiris Lopes Filho) para que houvesse a revista. Esse é o procedimento normal."
Gilmar disse que não tinha compras acima do limite permitido pela Receita Federal (US$ 500).
Ele disse que não está preocupado com a polêmica em torno do assunto. Para ele, o secretário da Receita Federal pediu demissão do cargo por outros motivos.
Para o zagueiro Márcio Santos, 24, "a alegria que nós demos para o Brasil foi imensa". "Aquela não era a hora de pensar em reter a nossa bagagem. Eles não podiam pensar nisso."
Márcio Santos considera que a "não era o caso" de demissão do secretário Osiris Lopes. "Ele só estava cumprindo o seu papel. Acho que houve um grande mal-entendido."
Lopes pediu demissão ontem, como consequência da crise detonada pela liberação da delegação da inspeção aduaneira.
O zagueiro Ronaldão, 29, disse em São José do Rio Preto (451 km a noroeste de São Paulo) que não sabe se os outros jogadores da seleção trouxeram produtos importados em "excesso". "Eu só comprei um CD e presentes para meus filhos e minha mulher."
Ronaldão afirma que não sabe nada da bagagem da delegação de 30 pessoas. "Eu cuido apenas da minha bagagem e ela era pequena. Não sou responsável pelos outros", disse.
No dia 28, ele viaja para se apresentar ao Shimizu (time do Japão onde joga).

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