São Paulo, sábado, 23 de julho de 1994
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Ieltsin decreta privatização

O presidente da Rússia, Boris Ieltsin, assinou ontem o decreto que abre a segunda fase de seu programa de privatizações de empresas estatais.
O decreto passa por cima de vetos aprovados pelo Parlamento em cinco votações diferentes realizadas este mês.
O porta-voz de Ieltsin, Viatcheslav Kostikov, disse que o decreto, elaborado pelo ministro da Privatização, Anatoli Tchubais, incorporou propostas feitas por deputados durante os debates.
A segunda fase do programa de privatizações prevê leilões em dinheiro vivo, ao invés das trocas de ações das estatais por cupons distribuídos pelo governo, como vem sendo feito desde 1992.
Os opositores do plano –ex-comunistas, nacionalistas e a bancada agrária– são maioria no Parlamento e impediram a sua aprovação na forma de projeto de lei.
O decreto estará em vigor até que os parlamentares aprovem um projeto a respeito –o que não deve ocorrer antes de outubro, porque a Duma (Câmara dos Deputados) entrou em recesso de verão a partir de hoje.
Para o ultranacionalista Vladimir Jirinovski, "a única empresa que deveria ser privatizada é uma prisão para os reformadores".

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