São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994
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Juíza decide se mantém edital

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

A juíza Selene Maria de Almeida, da 4ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, julgará até quarta-feira se manterá ou não o edital de licitação para escolha das empresas que farão o projeto de engenharia do projeto São Francisco.
A licitação foi suspensa na última terça-feira mediante ação judicial impetrada pela Gepel-Consultoria e Engenharia Ltda.
Existe um pré-projeto de engenharia básica realizado em 82 por consórcio comandado pela Noronha Engenharia S/A.
Esse grupo tentou junto ao Ministério da Integração Regional evitar a licitação sob o argumento de que já estava credenciado para elaborar o pré-projeto.
Essa proposta foi rejeitada pela equipe do ministro da Integração Regional, Aluízio Alves, e pelo secretário de Irrigação, Abelírio Vasconcelos Rocha.
A Folha tentou ouvir a Noronha. As secretárias Luiza e Patrícia sempre informaram que a diretoria da empresa está em reunião.
Procuradoria Eleitoral
A Procuradoria Regional Eleitoral da Paraíba instaurou inquérito civil público para investigar "o caráter político-eleitoreiro" do projeto São Francisco.
O procurador Antonio Carlos Pessoa Lins pretende verificar se políticos paraibanos estão fazendo campanha em torno da paternidade do projeto.
"Estou plenamente convencido de que há muitos políticos empenhados em garantir para si a paternidade do projeto, para fins de convencimento do eleitor, sem que esses políticos tenham qualquer ligação com o assunto", afirmou.
Segundo ele, "diante dos comportamentos antiéticos dos candidatos, a Justiça Eleitoral não pode deixar isso passar em branco e tem de controlar os abusos".
Lins disse que, a partir de quarta-feira, começa a consultar técnicos e a solicitar perícias para saber se o projeto "servirá apenas como suporte para eleger candidatos a vários cargos".

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