São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994
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País tem mais de 5.000 atletas

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais de 5.000 portadores de deficiências de todos os tipos participam de competições esportivas no país. Todos têm suas associações estaduais e federações.
São os amputados, os cegos, os surdos, os que competem em cadeira de rodas, os deficientes mentais. Revelam disposição nem sempre notada entre os que conseguem andar e enxergar.
Cerca de 1.400 deficientes mentais participaram da Olímpiada Especial Estadual que terminou ontem em Salto (102 km a noroeste de SP).
Na sexta-feira encerrou-se em Toledo (PR), a 12ª Olimpíada Nacional das Apaes e Instituições Especializadas.
Desde 92, em Barcelona, os excepcionais vêm sendo aceitos na Paraolimpíada, jogos que se realizam imediatamente após as tradicionais Olimpíadas. Um deficiente mental paulista levou medalha de ouro na corrida dos 100 metros.
Em maio passado, a equipe brasileira de basquete sagrou-se vice-campeã do mundial para deficientes mentais em Atenas. Está classificada para os jogos paraolímpicos de Atlanta, em 96.
"Estamos conseguindo trazer campeonatos internacionais para São Paulo", diz Nilda Goraib Florio, coordenadora do Projeto Integrar da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação.
Várias equipes de deficientes saem do país para competições todos os anos. Na semana passada, começou em Montreal o mundial de basquete em cadeira de rodas. Em Berlim está acontecendo o campeonato mundial de atletismo para deficientes. O Brasil está lá.
Os deficientes participam de quase todas as modalidades esportivas. Até os cegos jogam futebol valendo-se de uma bola que faz barulho ao se movimentar.
Os atletas são todos divididos em categorias, dependendo do grau de suas lesões. Os cegos, por exemplo, são divididos em B1, B2 e B3. Os primeiros não enxergam nada. Os deficientes físicos têm uma classificação funcional que vai de F1 a F10.
(AB)

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