São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994 |
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Equipes da IBM criam linguagem própria
CLAUDIA RIBEIRO MESQUITA
"Converso com minha mulher, meus filhos e meus amigos nessa linguagem", conta o analista de sistemas sênior Ângelo Grecco, 44, há 21 anos na IBM do Rio. Lá, os funcionários se comunicam por um "código" que eles gostam de chamar, divertidamente, de "ibeemês". A lista desses termos, que se combinam em frases inteiras, é generosa (veja quadro acima). Sem constrangimento, eles têm o hábito de dizer, por exemplo: "Vamos startar uma reunião para fazer o break down do plano, dar um feedback ao usuário e deixar em follow-up para fazer um check point na próxima semana." Tradução: "Vamos marcar uma reunião para detalhar o plano em atividades, dar o resultado ao cliente e agendar uma avaliação na próxima semana." O objetivo, eles garantem, é agilizar a comunicação. O gerente de desenvolvimento de aplicativos Sílvio Pitanga, 42, também com 21 anos de empresa, mantém sua equipe em dia com o jargão. Karine Goulart, 25, André Rung, 25, Luiz Fernando Diniz, 24, além do próprio Ângelo Grecco –com seis, um, quatro e 21 anos de empresa cada um–, estão afinados. E não só essa equipe. Até um garçom conhecido incorporou o "informatês" à sua linguagem. Por algum tempo, o grupo cultivou o hábito de tomar um chope e comer queijo provolone à milanesa em um bar nas redondezas da empresa, no centro do Rio. Como o pedido era sempre o mesmo, o garçom logo perguntava: "Hoje vai o 'default'?" (pronuncia-se defô) Essa expressão, no jargão dos profissionais da informática, significa a opção usual. (CRM) Texto Anterior: Profissionais 'inventam' palavras Próximo Texto: A jornada de trabalho do digitador é reduzida? Índice |
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