São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994 |
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Garimpeiros serão deportados do Suriname
ABNOR GONDIM
A deportação foi anunciada ontem pelo embaixador do Brasil em Paramaribo (capital), Sérgio da Veiga Watson. Eles deverão ser repatriados em avião da FAB (Força Aérea Brasileira). Segundo o embaixador, a prisão torna o Suriname o mais novo país da fronteira amazônica do Brasil a ter problemas com a invasão de garimpeiros, a exemplo do que ocorre na Venezuela. Na Venezuela são frequentes casos de brasileiros presos por estarem ilegalmente no país e por exercerem atividade ilegal. A Folha tentou ontem à tarde falar com a Embaixada do Suriname, em Brasília, mas ninguém atendeu às chamadas. O embaixador brasileiro disse que os presos passaram fome nas celas de Paramaribo devido às dificuldades para manutenção dos presos no país, um dos mais pobres do continente americano. A embaixada e brasileiros que moram em Paramaribo se encarregaram de distribuir comida aos presos, disse Watson. "A pior coisa é ser estrangeiro e ficar preso em um país do Terceiro Mundo", disse o embaixador. Segundo ele, os brasileiros foram presos nos rios Sarakreek e Saramaca, a 100 km ao sul de Paramaribo. Ele supõe que existam dezenas de brasileiros em outros garimpos, como no rio Maroni (fronteira com a Guiana Francesa). Nessa região, eles pagariam proteção aos guerrilheiros contrários ao governo de Paramaribo. "A grande dificuldade foi estabelecer qual governo pagaria a viagem de deportação dos brasileiros. Em geral paga o país que deporta. Mas como o Suriname é muito pobre, o governo brasileiro deverá arcar com esse transporte", disse. Texto Anterior: Empresários se irritam ao ouvir Brizola em SP Próximo Texto: Jogo de cena Índice |
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