São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994
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Dominique no Boston

FÁBIO SORMANI

Mesmo em recesso, a NBA segue movimentada e despertando as atenções dos torcedores em todo o planeta. As trocas, claro, são o tema do momento. E a maior delas aconteceu neste final de semana, quando o ala Dominique Wilkins deixou o LA Clippers e acertou com o Boston Celtics.
Titular do "Dream Team 2" que vai disputar o Mundial do Canadá de 4 a 14 de agosto, Dominique havia mudado de time na temporada passada, quando saiu do Atlanta Hawks, depois de 11 temporadas, e foi parar na terra do cinema.
Em Los Angeles, ele assinou um contrato de três anos com os Clippers, mas com direito de ter o passe na mão depois do dia primeiro de julho passado.
Abocanhou US$ 3,5 milhões pela temporada passada, ignorou os dois outros anos de contrato e assinou agora com os Celtics. Novamente um contrato de três anos e com direito de pegar o passe depois do final da próxima temporada.
Os números do acordo: pelo primeiro ano, Dominique vai receber US$ 2,8 milhões, nos dois outros anos, um aumento de 30%, totalizando exatos US$ 10.998 milhões. Para que isso fosse possível (na NBA há teto salarial para as equipes), o Boston dispensou os serviços do pivô Robert Parrish, 41 anos em 30 de agosto próximo, 14 temporadas a serviço dos Celtics e três títulos conquistados.
Com 34 anos, Dominique, o nono maior cestinha da história da NBA, vive o dilema do "vai ou racha". Ou seja: se não ganhar um campeonato com os Celtics, nunca mais.
Maior campeão da NBA (16 títulos ao longo dos tempos), o Boston quer voltar ao seu passado de glórias. Para isso, trouxe, além de Dominique, o armador Blue Edwards, do Milwaukee Bucks, e recrutou junto ao "college" o poderoso pivô Eric Montross. Seu time, ao que tudo indica, está novamente tinindo.
Danny Manning, ex-LA Clippers, que entrou na troca com Dominique Wilkins, indo parar no Atlanta Hawks, também está com o passe na mão e dificilmente vai ficar na Geórgia. O jogador está em negociações com o Miami Heat.
Mas há um problema: o grupo Blockbuster Entertainment e H. Wayne Huizenga estão para comprar o Heat por US$ 142 milhões. Nesse caso, Lewis Schaffel e Billy Cunningham dois dos quatro sócios do time, caem fora. Os dois são do ramo e Ron Grincker, empresário de Manning, disse que se o Heat for mesmo negociado, Manning não acerta com o Miami.
Uma pena, porque seria um negocião para ambas as partes.

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