São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994 |
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A existência diária é edificada por nós
PAULO COELHO
Quando crianças, nossos pais costuram por nós. Nem sempre gostamos, mas –de qualquer forma– fazem com amor. Chega um momento, porém, que cabe a nós pegar na agulha e na linha de nossas vidas. Mas não temos disposição; então vamos na loja de departamentos da sociedade e usamos o que podemos comprar. Mesmo que não nos agrade, é o que tem. Às vezes, para adaptar o "prêt-à-porter" de nossa existência ao nosso gosto pessoal, colocamos remendos –e fica pior. Um dia, paramos e pensamos: "Quando criança, meus pais me vestiam. Quando adulto, a sociedade me veste. Quando terei liberdade de criar minha própria roupa espiritual?" Então vemos a agulha, a linha, o tecido que Deus colocou para nós. Texto Anterior: TV Cultura apresenta quatro atrações internacionais do evento Próximo Texto: Lei Rouanet da Cultura devia ser extinta Índice |
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