São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 1994 |
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Confissões muitos ordinárias
ZECA CAMARGO Maggie Estep pode ser bem ordinária, como em "Vegetable Omelet": "Eu quero uma briga de prazer, um balde de amor e um enorme omelete vegetariano". Mas ela pode ser mais ordinária ainda.Em uma das raras faixas de seu álbum de estréia sem acompanhamento musical, ela conta a saga de uma recepcionista desempregada que precisava de um corte de cabelo. No salão de beleza, a cabeleireira é Suzee ("o 'e' a mais é porque ela é demais"). Depois de alguns desacertos, Suzee raspa sua cabeça e consegue para ela um emprego de "go-go dancer". "Eu estou careca, bêbada e, Jesus, eu estou pelada", reflete Maggie. Má bailarina, ela se concentra na letra de "Borderline", de Madonna: "O que significa 'Ame-me até que eu não possa ver'? Foda-me até meus olhos pularem?". Quando a fita quebra no refrão, ela vomita num freguês. "Você é careca, está bêbada, não sabe dançar e vai para a rua!", anuncia o dono do lugar. Suzie também é demitida por tê-la levado e agora elas trabalham num telemarketing em Wall Street. Maggie usa uma peruca e jurou nunca voltar a um salão. Texto Anterior: Moça boa é a sua Próximo Texto: "Hagoromo" revela música na poesia de Haroldo de Campos Índice |
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