São Paulo, domingo, 31 de julho de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Coligação articula troca de Palmeira
GILBERTO DIMENSTEIN
No PSDB, já há especulações em torno do nome de um eventual substituto: o deputado Roberto Magalhães (PFL-PE). Antes da escolha de Palmeira, Magalhães eram um dos nomes preferidos pelos tucanos, mas foi discretamente vetado por dirigentes do PFL. A avaliação inicial era de que as denúncias contra Guilherme Palmeira seriam artificiais, sem provocar efeito eleitoral. A estratégia era apontá-las como uma "armação", por terem sido apresentadas pelo deputado Chico Vigilante ( PT-DF). Mas à medida que o assunto não saiu do noticiário, Fernando Henrique Cardoso e seus assessores mais próximos começaram a se preparar para uma eventual troca negociada com Palmeira e com a cúpula do PFL. Palmeira nega qualquer participação em irregularidades na apresentação de emendas ou contatos escusos com a empreiteira Sérvia. Além da acusação de que teria beneficiado empreiteiras, surgiram revelações de que ele se beneficiou de aposentadorias precoces. A Folha publicou ontem reportagem com o ex-motorista da Sérvia Otair Oliveira, que disse ter entregue 15 cheques a Carlos Abrão Moura, assessor de Palmeira. Os cheques, segundo Oliveira, teriam sido depositados em Brasilia numa agência do Banespa. A Sérvia nega ter pedido a apresentação de emendas, mas reconhece os cheques ao asssessor, que seriam para pagamentos de lagosta e camarão trazidos pelo assessor para um dos diretores da empresa. Texto Anterior: Vice de FHC ganha salário e 2 pensões pagos por contribuinte Próximo Texto: Sem peito não tem jeito Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |