São Paulo, domingo, 31 de julho de 1994 |
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Indústria prevê crescimento
ANTONIO CARLOS SEIDL
Esta é a avaliação dos conselheiros da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Para eles, a indústria vai crescer moderadamente a partir de agosto, apesar dos juros. Depois de um julho atípico -mês de transição–, a indústria espera a queda dos juros, a volta ao consumo e à produção. Esta análise foi feita em reunião de empresários e ex-ministros da Fazenda (Luiz Carlos Bresser Pereira, Mailson da Nóbrega e Marcílio Marques Moreira). Entre os empresários estavam: Mário Amato, presidente em exercício da Confederação Nacional das Indústrias, Carlos Antonio Rocca (Mappin), Abílio Diniz (Pão de Açúcar) e Paulo Cunha (Ultra). "O grande problema que temos é a cunha fiscal, que dificulta redução mais expressiva dos juros", disse Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da Fiesp. Os problemas da indústria no primeiro mês do real foram a redução da produção e das vendas, a defasagem cambial e a alta taxa de juros. Para Ferreira, alguns bancos já estão descontando duplicatas de empresas industriais de primeira linha a uma taxa antecipada de 4% ao mês. Levantamento da Fiesp mostra que os negócios registraram forte queda na primeira semana do real. As vendas retomaram apenas nos últimos dez dias. Os industriais, afirmou Ferreira, estão preocupados com as pressões dos sindicatos de trabalhadores e do funcionalismo público para aumentos salariais fora da regra geral definida para a terceira fase do Plano Real. Segundo ele, a indústria só vai aceitar reajustes nas datas-base, repondo as perdas medidas pelo IPC-r. Texto Anterior: Fazenda teme repasse de reajuste para preço Próximo Texto: Governo vai assumir dívidas da Embraer Índice |
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