São Paulo, quarta-feira, 3 de agosto de 1994
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Abraão foi surpresa para o senador

XICO SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando surgiram as primeiras denúncias contra a sua candidatura, a maior preocupação do senador Guilherme Palmeira (PFL) era voltada para um nome: o engenheiro Rui Guerra, um dos seus auxiliares em Alagoas e Brasília.
Ex-presidente do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) do governo Palmeira em Alagoas (1978-82), Guerra assombrava mais que Carlos Abraão de Moura, outro dos seus assessores.
A falta de denúncias contra Guerra, conhecido pelo bom relacionamento com construtoras, aliviou Palmeira, segundo amigos.
Moura, no entanto, tido como um assessor de menor status –para assuntos burocráticos– foi quem acabou complicando a vida do vice de FHC.
Denunciado por ex-funcionários da construtora Sérvia, Moura virou alvo de investigações da Procuradoria Geral da República.
Ele é o suspeito de ser a ponte entre Palmeira e esquemas de emendas do Orçamento da União.
Guerra, tido em Alagoas como o homem que poderia eventualmente atrapalhar a vida do senador, ficou de fora das denúncias.
Assessor de Palmeira e também ligado politicamente ao senador Divaldo Suruagy (candidato do PMDB ao governo de Alagoas), Rui Guerra tentou se transformar num importante lobista no governo do ex-presidente Collor, que, porém, o frustrou nesse intento.

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