São Paulo, quarta-feira, 3 de agosto de 1994 |
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Gibis viram CD e vão para tela do micro
MARIJÔ ZILVETI
A norte-americana Malibu é a primeira a entrar nessa onda. Colocou em CD-ROM as primeiras edições dos gibis "FreeX", "Prime" e "Hard Case". Os dois primeiros estão disponíveis no Brasil e cada um sai por R$ 70. Nos EUA, o preço de lista é US$ 24,95. Como na versão impressa de "Prime", um adolescente de 13 anos vira o super-herói mais poderoso do planeta. Sua missão é proteger os inocentes. Ao queimar um criminoso, não perdoa e dispara: "Quem brinca com fogo pode se queimar". Ao abrir "Prime" no computador, o usuário pode ficar impressionado com a qualidade de resolução das imagens. Os diálogos aparecem na tela e também podem ser ouvidos na voz de cada personagem. Os efeitos de som, como um "uaau", saem alto e claro. Em CD-ROM, a história em quadrinhos fica uma espécie de desenho animado "ma non troppo". O resultado final é um híbrido de gibi e animação. Motivo? O programa reproduz com fidelidade as imagens da revista na tela, mas alguns personagens ganham movimentos restritos (mexem a boca quando falam, por exemplo), mudando o conceito de quadrinho. Não fica claro se é uma revista com imagens estáticas ou uma apresentação de audiovisual de desenhos de revistas. Gibis em CD fazem lembrar os meados da década de 60, quando a Marvel transportou alguns de seus super-heróis para a TV. Os desenhos de Capitão América apareciam estáticos. Tinha voz e efeitos de luz era usados para dar impressão de movimento. Era o que havia naquela época, pelo menos para o telespectador brasileiro. A repercussão entre os leitores nos EUA com os títulos em CD da Malibu não foi a mesma como acontece com jogos multimídia. Afinal, impossível trocar a leitura de um gibi pela versão em CD. Em entrevista por telefone à Folha, Ralph Becker, diretor internacional de vendas da Davidson, que produz o CD para a Malibu, disse que, apesar da repercussão desfavorável nos EUA, a edição de gibis em CD-ROM vai continuar. "As três primeiras revistas fazem parte de uma experiência para ver como os quadrinhos ficam em versão multimídia", afirmou. A editora faz também o caminho inverso e leva para o papel o videogame "Street Fighter" para o papel. Prova de que jogos de luta, em especial de violência, dão tão certo em consoles, que estão virando revistas de quadrinhos. ONDE ENCONTRARLKC: tel. (011) 954-9418; WICALE: tel. (011) 814-3300 Texto Anterior: Doença ronda usuário de computador Próximo Texto: SoftKey anuncia 21 novos títulos Índice |
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