São Paulo, quarta-feira, 3 de agosto de 1994
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Segurança foi discutida em reunião reservada

CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma reunião reservada, travada há exatamente uma semana, expôs os pontos fracos da segurança que é feita para a comunidade judaica de São Paulo.
O encontro aconteceu no Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, que fica na rua Líbero Badaró, 119 (região central de São Paulo).
Estavam na reunião Carlos Weis, secretário executivo do conselho, Otávio Aronis, advogado da Federação Isarelita do Estado de São Paulo e Maria Ignês Bierrenbach, da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos.
Participaram também Tulio Kahn, do Núcleo de Estudos da Violência, da USP, e o delegado Maurício Lemos, que chefia a Delegacia de Crimes Raciais do Estado de São Paulo.
O delegado disse aos presentes que queria retirar dois de seus agentes do Consulado Israelense, em São Paulo. Segundo ele porque eles estariam com medo "de sofrer um atentado a bomba e, além disso, os agentes israelenses não lhe repassam informações".
Durante a reunião, o delegado recebeu do advogado Otávio Aronis uma lista de 30 endereços, da comunidade judaica paulistana, que estariam na iminência de sofrer atentados.
Entre eles, o clube A Hebraica (zona sul) e sinagogas localizadas na rua Prates, no Bom Retiro, reduto da comunidade judaica paulistana. A lista citava também a Congregação Israelita de São Paulo e o Consulado de Israel.
delegado informou aos presentes de que a iminência de atentados contra a comunidade judaica da América do Sul havia sido transmitida por "contatos pessoais". O delegado Maurício Lemos fez cursos de polícia nos EUA.
Entre seus relatos aos presentes, o delegado disse que não poderia ajudar muito na vigilância 'às entidades. Informou que trabalhava com uma "estrutura precaríssima" e apenas "quatro funcionários permanentes".

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