São Paulo, domingo, 7 de agosto de 1994
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Bardella prioriza exportação

Empresa espera obter 70% do faturamento no mercado externo.

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma ofensiva no mercado externo com as exportações saltando de 5% para 50% do faturamento do grupo em cinco ano, é a receita do sucesso do grupo Bardella.
A recessão no mercado interno de bens de capital fez a Bardella colocar a ênfase de seus negócios no mercado externo.
Em 94, a empresa espera obter 70% de seu faturamento, estimado entre US$ 60 e US$ 70 milhões, com as exportações.
Alcides Vargas, vice-presidente executivo do grupo Bardella, diz que a empresa começou a se preparar para concorrer no mercado externo há dez anos.
Os passos iniciais, conta Vargas, foram a busca de parceiros com tecnologia de ponta, investimentos na modernização das instalações industrias em Guarulhos e em treinamento de pessoal.
O reconhecimento dos esforços na busca de qualidade total veio em 92, quando a Bardella foi uma das primeiras empresas nacionais a obter o certificado de qualidade ISO 9000.
Para atuar com competitividade no mercado externo, a Bardella racionalizou custos com a redução do número de empregados de 10 mil para 6 mil nos últimos cinco anos e a terceirização de serviços.
A empresa hoje, diz Vargas, trabalha basicamente com capital próprio, tendo receitas financeiras em vez de dívidas.
"Nossa margem de lucro no mercado interno também melhorou como resultado do enxugamento da empresa. No exterior, concorremos com coreanos, norte-americanos e alemães", diz Vargas.
A Bardella exporta equipamentos para a movimentação de cargas em portos e páteos de siderúrgicas e equipamentos para usinas hidroelétricas e petrolíferas.
Vargas diz que os esforços da Bardella na obtenção de qualidade têm como objetivo manter a credibilidade da empresa no mercado externo, um fator, afirma, "essencial", ao lado do cumprimento dos prazos de entrega.
Vargas se diz "entusiasmado" com o Plano Real, mas não espera reflexos positivos imediatos nos negócios da Bardella.
"O setor de bens de capital é o primeiro a entrar em crise com a instabilidade econômica e o último que volta a crescer com a volta da estabilidade", diz.
(Antonio Carlos Seildl)

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