São Paulo, domingo, 7 de agosto de 1994
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Entenda a crise no ano da eleição

SÉRGIO TEIXEIRA JR.
DA REDAÇÃO

A crise política mexicana começou em 1º de janeiro, momentos depois de o presidente Carlos Salinas de Gortari comemorar sua maior vitória: a entrada em vigor do Nafta, tratado de livre comércio firmado com EUA e Canadá.
Nesse dia, em Chiapas (sul), Estado mais pobre do país, o grupo guerrilheiro autodenominado Exército Zapatista de Libertação Nacional declarava guerra ao acordo e ao governo Salinas.
O Exército reprimiu o levante. Houve mais de cem mortos. A mais importante conquista dos indígenas foi pressionar o governo a fazer reforma eleitoral.
O conflito ainda não acabou. Os zapatistas realizam convenção neste final de semana para decidir se continuam ou não sua luta armada (leia texto na pág. 3-7).
Em 23 de março, foi assassinado Luis Donaldo Colosio, candidato do PRI, escolhido pelo presidente Carlos Salinas.
Após seu assassinato –dois tiros a queima-roupa durante um comício em Tijuana, fronteira com os EUA–, houve especulações de que a morte teria sido ordenada pela ala linha-dura do partido.
Os "dinossauros" –como são conhecidos– estariam descontentes com Salinas, que dava sinais cada vez mais claros de aceitar reformas políticas em suas negociações com os zapatistas.
As investigações concluíram que o único acusado pelo crime, Mario Aburto Martínez, agiu sozinho. Mas Salinas ordenou a reabertura das investigações.(STJr.)

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