São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 1994
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Projeto vai até 2005 e custa US$ 2,6 bi

DA REPORTAGEM LOCAL

O valor do programa de despoluição do Tietê está estimado em US$ 2,6 bilhões, divididos em duas frentes principais de combate à poluição orgânica: US$ 2,1 bilhões para o tratamento de esgotos domésticos e US$ 500 milhões para os de origem industrial. O programa vai até o ano 2005.
A atual carga de esgotos no Alto Tietê, trecho que corta a região metropolitana, é de 1.100 toneladas por dia, sendo 700 de origem doméstica e 400 de procedência industrial.
O índice de despoluição de 50%, nos cálculos do governo, será resultado do programa de controle ambiental de 1.250 empresas, a ser adotado plenamente em 1995, e do tratamento de esgotos residenciais, que será reforçado com a inauguração da estação do ABC, prevista para o fim do ano.
Segundo o governo, o programa das empresas deverá resolver 90% da poluição orgânica de origem industrial, o equivalente a 350 toneladas aproximadamente.
Já o sistema de tratamento de esgotos residenciais, com a estação do ABC, deverá atingir 150 toneladas/dia.
Somando-se os dois números, chega-se a 500 toneladas/dia, aproximadamente 50% das 1.100 toneladas de poluição orgânica diária jogadas no rio.
As metas são contestadas por entidades ambientalistas e empresariais que atuam na área de saneamento básico. Os construtores afirmam que há várias obras atrasadas.
Os críticos do programa não acreditam ainda que o governo atinja a meta de tratar 150 toneladas/dia de esgotos domésticos.
Atualmente, o Estado trata em todo o sistema 7,5 m3/seg. Estima-se que o volume diário de esgotos no rio Tietê gire em torno de 40 e 42m3/seg.

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