São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 1994
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IBM lidera; ABC é a melhor

RODOLFO LUCENA
DA REPORTAGEM LOCAL

Maior empresa de informática do mundo, com faturamento global superior a US$ 62 bilhões, a IBM também é líder no mercado brasileiro, onde fatura mais de US$ 1,6 bilhão.
É a empresa que mais vende computadores de grande porte, microcomputadores e periféricos, mas não tem o melhor desempenho global.
Segundo avaliação da Austin Asis, a ABC Bull conseguiu se adaptar a um mercado em mudanças e exibe números muito positivos (veja textos ao lado).
A IBM também vive um trabalho de adaptação, depois do fim da reserva de mercado, em 1992.
"Partimos de praticamente zero na área de micros, em 1991, e chegamos em 1993 com a pole position. Foi um feito importante", festeja Mario Bethlem, vice-presidente de operações da empresa.
Para aproveitar os incentivos à produção no país, a IBM está montando microcomputadores das linhas PS/1 e ValuePoint. Também deverá montar no país parte da família de portáteis ThinkPad.
O objetivo é se fortalecer para uma disputa que promete ser muito acirrada, especialmente com o início da produção da fábrica brasileira da Compaq, hoje a maior fabricante mundial de micros.
"Vamos usar a vantagem de ter começado antes. Vamos brigar com todas as nossas forças para manter a liderança, que foi difícil de conquistar", diz Bethlem.
Ele acredita que o mercado de microinformática ainda tem muito para crescer.
"O mercado total, em 93, foi da ordem de 400 mil máquinas. O mercado mexicano foi de 450 mil. Em nenhuma outra área de negócio os mercados brasileiro e mexicano são equivalentes", diz.
Para Bethlem, o mercado brasileiro potencial é de 750 mil micros por ano. "Grandes empresas ainda não entraram na era da microinformática. Há um gap a ser preenchido", afirma.
Outra área importante para a empresa é a de serviços.
Neste ano, a IBM passou a controlar 100% da GSI, onde atuava com a Gerdau. Oferece serviços de desenvolvimento de aplicações e integração de sistemas, consultoria e terceirização.
O crescimento anual da receita nessa área tem sido de 100%. Em 1993, a empresa faturou cerca de US$ 95 milhões em serviços.
"Posso antecipar que em 94 deveremos dobrar outra vez", diz Bethlem. (Rodolfo Lucena)

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