São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 1994 |
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Poluição aumentou com Fleury
DA REPORTAGEM LOCAL A Folha revelou na última quarta-feira que a qualidade da água do rio Tietê piorou no governo Fleury em relação aos índices verificados no último ano do governo Quércia.Os dados que mostram a queda na qualidade da água foram confirmados pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), empresa estatal responsável pelas análises. A constatação baseia-se nas variações do IQA (Índice de Qualidade da Água), relativo às amostras coletadas na estação Edgard de Souza, em Santana do Parnaíba, no trecho final do rio dentro da região metropolitana de São Paulo. A média anual em 90, último ano do governo Quércia, foi de 21,1, nota considerada "ruim" na escala de avaliação da Cetesb. No governo Fleury, as médias caem todos os anos e situam-se no patamar "péssimo": 18,5 em 91; 18,3 em 92; 17,6 em 93; e 13,6 em 94, pior índice verificado. O coordenador-adjunto do Projeto Tietê, Lineu Alonso, 43, afirmou que a situação do rio Tietê não está nem melhor e nem pior. Anteontem, deputados do PT e PSDB disseram que cobrariam esclarecimentos sobre o programa de despoluição ao governo do Estado. Ivan Valente (PT) afirmou que enviaria ofício à Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia, solicitando a convocação do secretário José Fernando Boucinhas, de Planejamento e Gestão. Ricardo Tripoli (PSDB) disse que solicitaria formalmente as análises de água realizadas pela Cetesb nos últimos dez anos. Em nota à imprensa, Boucinhas comentou ontem a possibilidade de convocação pela Assembléia. "Será ótima oportunidade para esclarecer alguns deputados, que demonstram ignorância total sobre o projeto. Também para ver se consigo a publicação, de forma imparcial, sobre o andamento do Projeto Tietê", diz a nota. Texto Anterior: Cronograma da Sabesp contradiz a meta do Tietê Próximo Texto: Programa custa US$ 2,6 bi Índice |
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