São Paulo, sábado, 13 de agosto de 1994 |
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Gaúchos e mineiros combatem crise Somente o Cruzeiro, que vendeu Ronaldo, tem dinheiro para investir em contratações O Cruzeiro é uma exceção no futebol mineiro. Com os US$ 6 milhões faturados pela venda do atacante Ronaldo ao PSV holandês, o clube reforçou o caixa. O problema agora é garantir a força do time. O centroavante Cleison foi eleito o substitutivo de Ronaldo. A tarefa não o assuta. "Meu destino é vencer os desafios. Com pouco tempo de Cruzeiro, já mostrei isso", afirma. Ele garante que a torcida "não vai sentir a falta" do craque Ronaldo. Cleison, 21, está há dois anos e meio no Cruzeiro. No ano passado, foi negociado com o Belenenses (Portugal) mas não se adaptou e retornou. No Campeonato Mineiro deste ano, foi o vice-artilheiro do time, com nove gols. O Atlético Mineiro entra no Brasileiro disposto a apagar a imagem deixada no ano passado, quando terminou a competição em último lugar. Os jogadores se reuniram recentemente e fizeram um pacto para tirar o time do marasmo. "Fiquei feliz porque eles mentalizaram que precisam vencer e não querem mais passar vergonha", disse o técnico Levir Culpi. A diretoria do Atlético contratou Culpi para reverter a situação do time nos últimos dois anos. O Atlético investiu no início do ano em jogadores experientes e caros, mas o projeto fracassou. Quem se destacou foi o jovem centroavante Reinaldo, de 17 anos. Renato Gaúcho, outro destaque do time, não atravessa boa forma física e técnica. As únicas contratações feitas foram a do zagueiro Luís Eduardo e a do lateral-direito Dinho, emprestado pelo Santos. Os times gaúchos, com as finanças contidas, não fizeram grandes investimentos para o campeonato brasileiro. As novidades do Internacional são o técnico Procópio Cardoso e os jogadores Adílson, Robson, Caio Júnior e Dinei. No Grêmio, a atração é o atacante Nildo. O Internacional foi surpreendido na semana passada com uma proposta que levou o técnico Antonio Lopes para a Arábia Saudita. Procópio Cardoso foi contratado apesar de, em 1989, ter sido trazido pelo Grêmio e ficado só cinco dias no clube. Vaiado no primeiro jogo, Procópio resolveu ir embora. As contratações de Adílson, Robson, Caio Júnior e Dinei foram acertadas quando Lopes ainda estava no comando do time. Adílson e Robson vieram do Guaraní de Campinas, Dinei já jogou no Corínthians e na Portuguesa e Caio Júnior, revelado pelo Grêmio, estava em Portugal. O Grêmio, treinado por Luis Felipe, contratou o artilheiro mineiro NIldo para o lugar de Gilson, que foi vendido. Texto Anterior: Confusão na Justiça marca campeonatos no final dos anos 80 Próximo Texto: Minelli dirige Paraná Clube Índice |
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