São Paulo, sábado, 13 de agosto de 1994 |
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PT retira duas candidaturas
CARLOS EDUARDO ALVES
A decisão foi tomada ontem para permitir o apoio do PT a Antônio Mariz (PMDB) e Wilma Faria (PSB), candidatos aos governos da Paraíba e Rio Grande do Norte, respectivamente. No Paraná, o PT vai apoiar oficialmente a candidatura do ex-governador Roberto Requião (PMDB) ao Senado. "Todas as campanhas estaduais estão subordinadas à nacional", anunciou Luiz Eduardo Greenhalgh, um dos coordenadores da campanha de Lula. A decisão tenta romper o confinamento político imposto a Lula pela aglutinação de forças em torno de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em troca, Mariz deve formalizar o aval a Lula e Requião, embora não tenha prometido subir no palanque lulista, emitirá mais sinais de apoio ao candidato. Na questão real, o PT continua andando em círculo. O partido admite que subestimou o peso eleitoral do plano econômico. "Vamos mostrar o que é mito e realidade no real", afirmou Greenhalgh. O discurso petista sobre o Plano Real enfatizará, mesmo sem utilizar a expressão "estelionato eleitoral", que a parte mais dura das medidas virá depois da eleição. "Vamos acentuar que o caráter recessivo do plano virá após a disputa presidencial", disse o coordenador petista. Pesquisas internas da campanha apontaram que junto com a aprovação às medidas, boa parte do eleitorado desconfia que o plano pode acabar logo após a eleição. Na TV, Lula será apresentado como o "candidato da esperança" e FHC como "prisioneiro" de suas alianças, portanto incapaz de promover mudanças estruturais. O programa de TV de Lula dará prioridade à apresentação de propostas de governo. "Havia muito não no programa e agora vamos partir para o sim", resumiu Greenhalgh. Texto Anterior: Petista tira folga em Gramado Próximo Texto: Desprendimento Índice |
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