São Paulo, sábado, 13 de agosto de 1994
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PM arrecada alimento para ajudar soldados

DANIELA FALCÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

A ASSPM (Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar de São Paulo) está fazendo campanha de arrecadação de alimentos não-perecíveis para doar às famílias dos soldados.
Segundo o subtenente Sérgio Gomes, presidente da ASSPM, essa foi a única forma que encontraram para evitar que filhos e esposas dos PMs passem fome.
O piso salarial de um policial militar em início de carreira é de R$ 110,24.
"A vida do policial militar piorou muito. Hoje, é normal PM ser despejado e não ter o que comer", afirma o sargento Eli de Souza Alvim, secretário-geral da ASSPM.
Alvim entrou na PM em 84, como soldado de segunda classe. Na época, recebia quatro salários mínimos e meio. Hoje, não chegaria a ganhar nem dois mínimos.
"Quem vai querer trabalhar na PM hoje, se o salário inicial é menor do que o de um varredor de rua?", questiona Alvim.
O piso de um gari é de R$ 178,20. O de um vigilante é de R$ 215 e dos motoristas de ônibus, R$ 435.
Dados da própria PM mostram que caiu o interesse por vagas na corporação. Em 91, 104.421 pessoas tentaram se tornar policiais.
Em 93, esse número caiu para 49.715. De janeiro a junho de 94, o total de inscritos não chegou a 26 mil.(Daniela Falcão)

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