São Paulo, domingo, 14 de agosto de 1994 |
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Papai eu não comprei!
JOSÉ SIMÃO
Pro FHC eu daria As Obras Completas do ACM. E pro Amin, as Obras Incompletas do Maluf! Rarará! Pro Enéas eu não dava uma carreata, ele não precisa de carreata, precisa de psiquiatra. É revoltado: o pai é barbeiro e ele é careca e barbudão. Não precisa nem chamar o Freud! E o que o Lula vai ganhar da filha? Vai ganhar uma eleição que não seja no Brasil. Ou um carro de som três em um. O carro de som toca e o Lula dança. Rarará! Pro Don Doca FHC eu daria a peruca da Maria Antonieta, um jegue importado e uma cueca de bolinhas. Ia ficar parecendo um saltimbanco. Um Saltimbanco Nacional. Aliás, ele não vai ganhar nada. Porque não existe. É pai biônico: a mão do Tancredo, as netas do Juscelino, a cuca do ACM e a peruca da Ruth Escobar. Credo, isso não é pai. É o Padrasto da Branca de Neve! E o Quércia vai ganhar o quê? Nada. Já ganhou muito. É o tipo do pai que já tem tudo. No máximo, uma passagem da Vasp pra Israel. Pro Amin eu vou dar quatro apelidos: A Bolha Assassina, O Sorriso do Lagarto, Ovo Kinder e Tartaruga Ninja. E uma cobra de duas cabeças: uma pra ele pensar e outra pra ele lustrar! Aliás, o melhor presente seria um Atlas. Pra eles se situarem. O FHC quer saber se no Atlas já tem o novo endereço do FMI. E o Lula quer saber se no Atlas Cubalança tudo junto. Foguete, é claro! Rarará. E o Quércia exige a presença de Brejo Seco Little Rock Pedregulho. E o Amin quer saber se no Atlas sobrou algum comércio pra ele visitar. E pra finalizar o slogan do Barros Munhoz: "Atrás de um pai desempregado sempre tem um filho passando fome". Com aquele barrigão. Muda o slogan pra "Munhoz reclama de barriga cheia". Rarará. Votem em mim! Eu também tenho um mico fora do casamento. Macaco Simão pra 94! E o povo pra 69! Texto Anterior: Partidos tornam o Brasil ingovernável Próximo Texto: Governo abre o cofre antes da eleição Índice |
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