São Paulo, domingo, 14 de agosto de 1994
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Grupo já matou 30 mil pessoas

DOS ENVIADOS ESPECIAIS

O Sendero Luminoso é um grupo terrorista que, desde 1980, tenta implantar no Peru um governo de orientação maoísta.
Com um exército que em 1989 chegava a contar com 6.000 homens, hoje restam pouco mais de 500 nas fileiras do Sendero.
Segundo o Comando Conjunto das Forças Armadas do Peru, o grupo matou cerca de 30 mil pessoas em atentados terroristas praticados em todo o país desde 1980.
Em dez anos, o Sendero causou perdas de US$ 20 milhões aos cofres do governo, através de explosões de carros-bomba feitas contra bancos privados e públicos.
O grupo terrorista era comandado pelo filósofo Abimael Guzmán, preso há quase dois anos.
Abimael se intitulava o detentor da "quarta etapa do marxismo". Dizia-se o herdeiro histórico de Marx, Lenin e de Mao Tsé Tung.
Guzmán, hoje preso num comando da Marinha de Lima, pede para que os senderistas se entreguem ao governo do presidente Alberto Fujimori - que lhes deu prazo, até o próximo dia 1º de novembro para concessão de anistia.
Entre 92 e 94, o governo peruano condenou 1.216 pessoas sob acusação de, via Sendero, cometerem crimes de "traição à pátria".

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