São Paulo, domingo, 14 de agosto de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
O plano já acabou
DEMIAN FIOCCA O objetivo do Plano Real foi reconduzir a economia a certos padrões de normalidade. Após a tentativa de ajuste fiscal aprovada com o Fundo Social de Emergência, o período da URV possibilitou um relativo alinhamento de salários, preços e contratos. A troca de moeda e a desindexação da economia concluíram a limitada agenda do governo Itamar.Para os próximos meses, resta o gerenciamento tradicional: a política monetária –centrada nos juros– , o controle dos gastos (ou a tentativa de convencer o público dele) e o acompanhamento cambial. É claro que uma estabilização duradoura e o combate às gravíssimas distorções econômicas e sociais do país demandam medidas de maior alcance. Mas estas já constituem uma nova agenda. E dependem do próximo governo. A reestruturação do Estado e o combate aos grupos fisiológicos que o imobilizam, a constituição de uma política industrial, a agenda de inserção internacional, o apoio aos esforços de redistribuição de renda, privatizações ou reforma agrária não são fatalidades. São opções ainda a definir. Ainda que na proximidade de eleições o retrato do país seja envolto em fantasias, a trégua da inflação é uma boa oportunidade para pensar além dela. Texto Anterior: As surpresas do Plano Real Próximo Texto: Conhecimento e desenvolvimento econômico Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |