São Paulo, domingo, 14 de agosto de 1994
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Negócios na feira superam expectativas

ROBERTA JOVCHELEVICH
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O Salão do Imóvel de São Paulo, que se realizou de 30 de julho a 7 de agosto, superou as expectativas dos organizadores e expositores e já está agendado para 1995.
"No ano que vem, vamos ocupar 11 mil m2 do pavilhão da Bienal, quase o dobro da área deste ano que foi de 4.500 m2", afirma Ricardo Yazbek, 41, presidente do Secovi.
No total, cerca de 75 mil pessoas visitaram o Salão, de acordo com o Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis), que promoveu o evento.
Segundo Yazbek, muitas pessoas estiveram no Salão em mais de um dia, pesquisando e escolhendo o que queriam, antes de comprarem efetivamente.
Tanto o Secovi quanto as empresas expositoras acreditam que até o final do mês, pelo menos, estarão sendo efetuadas vendas originadas na feira.
"Calculamos que os negócios gerados atinjam R$ 100 milhões, considerando o que já foi realizado e o que está para se concretizar", diz Yazbek.
Entre lotes, terrenos, casas, imóveis comerciais e residenciais, em São Paulo e no interior, foram comercializados quase mil imóveis durante o Salão.
"Resolvemos participar da feira visando o lado institucional da empresa e acabamos surpresos com a procura por imóveis", relata Eduardo Scopel, 26, diretor da Scopel.
Especializada em loteamentos fechados, a Scopel vendeu 120 unidades –25 durante o Salão–, ao preço médio de R$ 20 mil cada.
"Na primeira semana de agosto, durante a feira, vendemos mais que em todo o mês de julho", conta Gonzalo Fernandez, 27, diretor das imobiliárias Sol e Fernandez Mera.
A Fernandez Mera vendeu 16 unidades, a maioria residenciais de três dormitórios, com preços entre R$ 85 mil e R$ 190 mil, totalizando a venda de R$ 3 milhões.
A empresa prevê, entretanto, que o faturamento originado da feira alcance R$ 15 milhões.
"O bairro mais procurado foi Moema, seguido por Vila Mariana (ambos na zona sul) e Perdizes (zona oeste)", afirma Judimar Sales, 38, gerente de marketing da Fernandez Mera.
A imobiliária Roque & Seabra também ficou satisfeita com o salão. "O evento serviu para esquentar o mercado", diz Jairo Cavalcante Siqueira, 44, diretor de marketing.
A Roque levou para a feira mais de 3.000 ofertas de imóveis e comercializou 330 apartamentos novos, ao preço médio de R$ 75 mil.
A Scopel, a Fernandez Mera e a Roque & Seabra estão entre as empresas que pretendem participar do salão de 1995, que também se realizará no início de agosto.
O próximo evento, no entanto, será aperfeiçoado em relação ao deste ano. "Vamos consertar as falhas da primeira edição", diz Yazbek.
Quem visitou o Salão do Imóvel enfrentou problemas de estacionamento –haviam outras feiras no local e as vagas eram insuficientes. "O evento também poderia ter sido mais divulgado", diz Scopel.
O Salão terá parte de sua renda revertida para o programa Ampliar, promovido pelo Secovi, que visa a profissionalização de menores carentes da favela 7 de setembro, em Parelheiros (zona sul).

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